O Terceiro Tira é um romance de Flann O'Brien (o pseudônimo do autor irlandês Brian O'Nolan). Foi escrito em 1940, mas só foi publicado após a morte do escritor em 1967, por causa disso o livro ganhou aclamação crítica quase instantânea. Os escritores de Lost fizeram referências específicas a esse livro como sendo o provedor de "munição", ou seja, ele pode auxiliar na interpretação da história do seriado.
Sobre o Autor[]
O irlandês Flann O'Brien foi romancista e comentarista político. Ele nasceu em County Tyrone e cresceu em Dublin. Entrou para o serviço civil irlandês em 1937 e se aposentou em 1953. De 1940 até sua morte, escreveu uma coluna política chamada de "Cruiskeen Lawn" para o jornal The Irish Times sob o pseudônimo de Myles na Gopaleen; os comentários sarcásticos e satíricos fizeram dele o senso moral do governo Irlandês. Usando o nome de Flann O'Brien, ele publicou três romances, At Swim-Two-Birds (1939, republicado em 1960), The Dalkey Archive (1964) e The Third Policeman (1967). Ele também publicou uma peça teatral, Faustus Kelly (1943).
Sinopse[]
- O protagonista sem nome do romance é orfão e, mais tarde, é mandado para um internato onde ele se aproxima do trabalho de um bizarro filósofo, De Selby, de quem se faz constantes referências, através de notas de rodapé e no próprio texto do livro.
- Obcecado pelas estranhas teorias do filósofo, o protagonista parte em uma busca catastrófica para publicar uma exposição definitiva sobre o filósofo. Para arcar com essa ambição, ele planeja assassinar e roubar um homem rico - embora de uma estranha maneira, o destino parece guiá-lo para esse direção, goste ele ou não.
- De Selby é um cético natural de todas as leis da física, até mesmo desmente a evidência da experiência humana. Ele argumenta, por exemplo, que "a permanente alucinação conhecida convencionalmente como 'vida' é um efeito de andar constantemente em uma direção particular em volta de uma Terra com forma de salsicha, e aquela noite resulta da 'acumulação de ar negro'". (Lost mostra um Monstro feito de fumaça).)
- O protagonista finalmente se apossa da caixa preta de sua vítima, porém descobre que a caixa não contém dinheiro, mas sim, “omnium” , um substância que foi descrita como: “a essência interior inerente, que está escondida na raiz do núcleo de tudo”, e que é literalmente o desejo de todos. O dono original da caixa a estava utilizando para tirar a poeira das calças e para cozinhar ovos, mas naturalmente o narrador tem visões mais grandiosas para a futura onipotência.
- No romance, o primeiro de dois policiais dividem uma estrutura subterrânea com o narrador. Sem contar o final, o narrador é punido por suas "más" ações. Pode-se fazer um paralelo disso com a idéia que os sobreviventes são ao mesmo tempo "bons" e também "maus".
Em Lost[]
Desmond aparece lendo O Terceiro Tira quando a escotilha é finalmente invadida pelos sobreviventes do Vôo 815 Oceanic no começo da Segunda Temporada; O livro está visível na cama de Desmond dentro do Cisne. ("Man of Science, Man of Faith")
O redator de Lost, Craig Wright, disse que foi dele a idéia de inserir o romance O Terceiro Tira em Lost. [1]
Influência em Lost[]
- De acordo com a reportagem da BBC e um artigo do Chicago Tribune de 21 de setembro de 2005, foi dito que O Terceiro Tira continha discernimentos chaves do seriado, um fato que levou o livro a vender muito mais cópias nas 3 semanas que os episódio estavam no ar do que nos 6 anos que o livro foi publicado.
- O redator de Lost Craig Wright disse que o livro foi escolhido "por uma razão muito específica".
- Entretanto, os redatores-chefes Damon Lindelof e Carlton Cuse admitiram que ele nunca haviam lido o livro no Podcast Oficial de Lost, mas ouviram de Craig que é muito interessante.
Similaridades e temas compartilhados[]
Embora muitas possíveis conexões podem ser feitas, muitas delas são muito tênues. Essa seção está preocupada com os elementos do livro que têm uma forte similaridade com os eventos de Lost - e que sirvam para mostrar a possível "munição" dita pelos redatores.
- O labirinto subterrâneo descrito no livor tem uma forte ressonância com a representação do Cisne em Lost;
- Eu via uma longa passagem iluminada espaçadamente em intervalos por rudes máquinas precárias e barulhentas... As paredes da passagem pareciam se feitas com placas de ferro em blocos... Havia uma massa de fios e o que pareciam ser particularmente densos fios ou possivelmente canos... Aqui, eu vejo um relógio de sol ou um complexo covil de relógios e botões lembrando uma painel de controle...
- O policial MacCruiskeen e o parceiro dele são obecados com conferências no esconderijo subterrâneo, e asseguram que essas conferências são feitas a um alcance "seguro". Eles têm que constamente ajustar as conferências em áreas de alcance seguro - e nós descobrimos mais tarde no romance que o "terceiro tira" (policial Fox) tem de fato mudado constamente essas conferências para áreas de alcance não seguras para seu próprio entretenimento - Isso parece muito similar ao que acontece na Escotilha, quando eles têm que voltar o contador para 108 minutos - especialmente quando combinados com as informações adquiridas na Pérola. ("?")
- O estranho e abstrato mapa criado por uma rachadura em expansão no telhado é de algum modo parecido com o mapa da porta de segurança em Lost;
- Um mapa!...Quando eu olhei cuidadosamente para o telhado, eu vi que a casa do Sr. Mathers e todas as ruas e casas que eu conhecia estavam marcadas ali, e redes de becos e vizinhas que eu não conhecia também estavam. Era o mapa da freguesia, confiante, surpreendente... E ele deitou-se olhando para o mapa por mais cinco anos antes que o mapa mostrasse o caminho para a eternidade.
- O tempo permanece o mesmo dentro do esconderijo no livro; os criadores de Lost fizeram alusão que o tempo na ilha pode ser alterado de alguma maneira.
- Em uma das ocasiões quando o policial Fox modifica as conferências para um alcance não seguro, ele intencionalmente, ou não, salva o narrador de ser pego pelo policial MacCruiskeen, quando ele de repente observa as conferências assustadoras; há uma similaridade com os eventos do final da segunda temporada;
- Quando Desmond esquece de apertar o botão {como visto no flashback do episódio "Live Together, Die Alone", ele inadvertidamente provoca a queda do Vôo 815 Oceanic - o rádio deles já tinha parado de funcionar 6 horas antes.
- No livro, o protagonista finalmete pega a caixa preta, mas descobre que não havia dinheiro lá. Ao invés disso, a caixa contém omnium, um substância que cria tudo que o possuidor desejar.
- Isso faz um paralelo com a caixa que Ben conta a Locke durante o episódio The Man From Tallahassee
- O narrador do livro descobre que os ítens criados (através da interação do desejo com o omnium) não podem ser removidos do labirinto e levados para o mundo exterior.
- Isso faz um paralelo com os comentários de Ben durante "The Man from Tallahassee", o que implica que Locke não pode permanecer curado da paralisia se ele deixar a ilha.
|